Já
vivemos na era das cavernas, no período do feudalismo, na revolução
industrial, guerra fria, revolução digital e tecnológica e
definitivamente estamos na era do “mimimi”. Nunca vi um povo reclamar tanto,
ser tão sensível e cheio de direitos como a população que habita esse planeta
atualmente.
Roger
Moreira do Ultrage a Rigor escreveu uma música há décadas atrás que se chama “Eu
gosto é de mulher”, e na letra ele diz: eu
sou assim meio atrasadão, conservador, reacionário e caretão, pra quê ser
diferente, se eu fico sem mulher eu fico até doente, mulher que lava a roupa,
mulher que guia carro, mulher que tira a roupa, mulher para tirar sarro...
Imagina
isso hoje. Os hipócritas iam cair de pau no Roger, iam dizer que isso rebaixa a
mulher, que ela foi citada como mera dona de casa, objeto sexual, enfim, um
monte de idiotices. Uma simples música ia ser matéria para três páginas da
VEJA, iam abrir debates nos programas de pessoas “cultas” que entendes de todos
os tipos de assunto do universo, enfim, iam gerar uma discussão extremamente
banal por uma simples letra de uma música. O cara simplesmente colocou na letra
o que ele sente: eu gosto é de mulher! E qual homem que não gosta?!
O
problema é a sensibilidade humana que está acima do limite aceitável. Tudo que
você fala em um determinado tom já é encarado como preconceituoso, machista, fora
da realidade, não se encaixa nos padrões modernos, e mais um monte de coisas.
Hoje somos obrigados a gostar de todo mundo, aceitar tudo que se faz aqui neste
Planeta Terra e não temos mais o poder de mandar ninguém à puta que pariu (me
desculpem o palavrão).
Ora,
espera lá, vai devagar com o andor meu filho. Tenho opinião própria, fui criado
assim, estudei, e tenho o direito de falar o que eu quero, gostar de quem eu
quero e emitir minhas ideias e opiniões sim. Desde que eu respeite o outro, não
abuse desse meu direito e não agrida ninguém, eu quero ser livre para me
expressar. Se isso incomoda alguém, saiba que certas atitudes também me
incomodam e o mundo possui um tamanho razoável que nos permite viver em
harmonia, cada um no seu canto e seus ideais.
Se
uma pessoa chegar em um lugar com sua
família e ali tiver um casal gay se pegando e ele não quiser que seus filhos
vejam aquela cena e se retira do local, o mundo vai cair na sua cabeça. Mesmo
ele tendo sido educado de uma maneira diferente, mesmo que sua crença religiosa
não entenda aquilo como certo, enfim, tudo que lhe foi repassado durante toda a
sua criação, quando seu caráter foi formado tem que ser jogado fora porque os
outros querem e acham que hoje não cabe mais esse tipo de atitude. Ora, tenha
santa paciência.
Não
me venha com o “mimimi” me chamando de preconceituoso. Calma aí, quem disse que
eu sou obrigado a gostar de tudo que acontece por aqui nessa Bola Azul chamada
Terra? Não sou não. Não vou nunca tratar alguém mal, falar impropérios, tecer
qualquer comentário que denigra alguém simplesmente pela sua escolha sexual,
cor da pele, status social, enfim qualquer coisa. Eu quando eu não gosto de uma
pessoa primeiramente eu tenho que conhecê-la para depois emitir uma opinião
sobre ela, esse negócio de julgar, ter um pré-conceito
de alguém é coisa de pessoa fraca das ideias.
Não
gosto de pessoas que citam uma característica sua para exigir direitos ou se
fazerem de vítimas. O famoso Ah, só fez isso porque sou negro, porque sou gay,
porque sou pobre, porque sou índio, porque sou cadeirante, porque sou velho,
porque sou... Hoje em dia todo mundo quer ser “minoria”, quer tirar vantagem de
tudo. Põe na sua cabeça que nada disso faz de você melhor ou pior do que
alguém, não te faz ter mais direito ou menos direito do que as demais pessoas,
se é que essa outra pessoa também não se encaixa em alguma nova classe que foi
criada para ter privilégios sem dizer o porque.
Uma
coisa é você criar leis que permitam acessibilidade para um cadeirante, fila
preferencial para idosos e gestantes, outra coisa é você criar cotas nas
universidades para negros. Por quê? Qual o sentido disso? Ah, o país tem uma
dívida com eles devido a época da escravidão! E a pessoa que não for
considerada negra, o que ela tem a ver com isso? Um negro que cursou as
melhores escolas disponíveis tem que ser privilegiado no lugar do menino branco
que só estudou em escola de péssima qualidade e com certeza nunca terá a chance
de ser tão competitivo intelectualmente a não ser que ele seja um gênio? Repito,
qual o sentido disso?
Vivemos
na época do capitalismo, só tem predadores no mundo. Tem que vencer quem são os
melhores, foi assim desde a época de Darwin. É a seleção natural. O Roberto
Justus estava em um programa de humor e o apresentador colocou três mulheres lindas
na frente dele e perguntou qual ele contrataria. O apresentador, querendo ser
engraçado disse que era a mais gostosa. O Justus naquela elegância dele disse o
seguinte: eu contrataria a mais competente. Simples assim. Não contrataria ela
por ser negra, gay, cadeirante, índia, mulata, asiática, amarela, enfim, ele
escolheria quem encaixasse no perfil que ele queria e esses detalhes acima
mencionados não contam na hora de colocar seu cérebro para funcionar e gerar
lucro para a empresa que qual você foi contratado.
Esta
semana vendo uma rede social e vi uma pessoa se manifestar sobre o aborto. Era
contra. Ótimo, eu também sou, mas e a opinião do outro, não pode ser levada em
consideração? Existe uma lei que pune o aborto, porém, ela permite que em
algumas situações seja legal essa prática. O Nosso Supremo Tribunal esta semana
permitiu o aborto até três meses, e alegou entre outras justificativas o
direito igual entre homem e mulher. Sem entrar no mérito da questão, só queria dizer
aos radicais que são contra, alegando que ali tem uma vida: não abortem! Deixa
quem quiser abortar que faça, desde que seja de maneira legal. Se o pai e a mãe
daquele feto não tem amor na criança que está ali dentro, não será você que irá
amar.
Poderia
se alegar que o feto é indefeso. Sim, mas milhares de pessoas indefesas morrem
todos os dias e ninguém grita por elas. Respeite a mulher grávida, respeite o
corpo dela e suas convicções, sejam elas religiosas, morais ou estéticas.
Tem
muito mais “mimimis” hoje em dia. Acho que devemos lutar por aquilo que
acreditamos, devemos ir às ruas sim, mas desde que seja por algo que valha a
pena, vamos respeitar a opinião do outro, o estilo de vida de cada um, saiba
que nem todo mundo gosta de você, independente por qual motivo seja, às vezes
pode ser uma coisa besta, mas deixa de ser chato e aceite isso.
Não
fique invadindo escolas, nem virando carros nas ruas para se fazer ouvir. O
mundo está cheio de lugares e meios para se discutir algo que você acredita,
essa ideia de ser revolucionário, de usar camisetinha do ditador de boina, de
charuto, não cabe mais hoje em dia não. Hoje a guerra é de inteligência, tem
que usar o cérebro. Fica a dica.
Donald
Trump foi eleito para isso. Pelo fim do “mimimi”. Falou o que quis, defendeu
seus ideais, suas convicções, foi real, não omitiu nada do que pensa e foi
eleito Presidente da Democracia mais invejada do mundo. Gostou da vitória dele?
Não? O choro é livre...
* eu li isso em algum lugar e achei perfeito. Provavelmente foi em alguma rede social ou site de cerveja.