Somos
uma sociedade hipócrita, egoísta e burra. Não sabemos o que queremos, aliás,
sabemos sim, queremos o que for melhor para nós e o resto literalmente foda-se!
Com todas as letras, FODA-SE!
Nos
últimos dias fomos inundados por notícias da morte de uma vereadora do Rio de
Janeiro, a qual eu não preciso nem citar o nome, mas que já virou nome de
escola, talvez será nome de rua ou de alguma lei. Não quero discutir homenagens
prestadas à ela, mas será que realmente importamos com a sua morte e sua luta?
Marielle
veio da comunidade, era negra e homossexual. Estas aliás, eram suas bandeiras: ela
defendia os pobres, assim como ela, os negros, assim como ela e os homossexuais
assim como ela. Ora, mas um parlamentar não é eleito para representar toda uma
população, no caso dela a população de um município falido em todos os
aspectos? Ela representava o povo, mas suas bandeiras eram discriminatórias e
seletivas. Parecia que ela exercia o mandato em causa própria.
Qual
a diferença entre ela e um empresário eleito que vai defender os direitos de
outros empresários? Qual a diferença entre ela e um delegado de polícia que almeja
leis mais severas para punir bandidos? Qual causa é mais nobre?
Ela
era uma parlamentar, uma pessoa pública, tinha poder de escolha em suas mãos e
deveria lutar por todos e não por quem ela achava de direito. Imagina uma
médica em um hospital público que fosse atender um baleado e ela deixasse de
prestar socorro por causa de características desta pessoa? Não vou atender este
porque ele é negro, pobre e gay. Seria execrada em praça pública.
Uma
desembargadora foi duramente criticada e alvo de ações na justiça porque disse
entre outras coisas que a vereadora era um cadáver comum. E não era? O que a
tornava diferente dos outros que morreram na mesma cidade dela e que foram
executados de maneira até mais covarde do que ela?
Ela
era uma pessoa pública? Sim! Foi um ato covarde? Sim! Mas o que a diferencia de
um policial que foi executado na frente de sua família? O policial também é uma
pessoa pública, só que ao contrário da vereadora que escolheu por quem ela iria
lutar, o policial escolheu lutar por todos, sem discriminação de cor da pele,
de opção sexual ou de condições financeiras. E mesmo assim a sociedade
hipócrita, burra e egoísta não sabe escolher quem são os heróis de verdade.
A
luta da vereadora era justa? Sim, com certeza! Seria burrice imaginar que um
político seja eleito sem uma bandeira. Mas isso não quer dizer que eu concorde.
Acredito que um vereador, um deputado, um senador, um governador ele tem que
atender a todos de maneira igual, e não dar prioridades a entidades ou classes
que eles entendem que mereçam mais do que os outros.
Se
você quer ajudar uma comunidade carente, qual seria a melhor maneira? Acho que
emprego seria uma excelente ajuda. E quem gera emprego? O empresário. Se o
político ajudar o empresário, logo este terá condição de contratar mais
funcionários e com isso ajudar o desempregado. Acho isso mais inteligente do
que criar bolsa família. Ou estou errado?
A
morte da vereadora é fruto da falta de segurança que assola o Brasil. O
brasileiro escolheu torcer para o bandido e agora colhe os frutos desta escolha.
Só que bandido só cumpre acordo até quando interessa para ele, depois ele faz a
sua própria lei. Nas manifestações a favor da vereadora, escutamos o mais
incrível grito de guerra de um povo: “não acabou, tem que acabar, eu quero o
fim da Polícia Militar”.
E
quem vai proteger a população? O Homem de Ferro?
O
alivio é que essas bobagens foram ditas por um número ínfimo de pessoas e que
colocam o partido que idolatram acima de qualquer coisa. Acabam não raciocinando
direito e pregando algo que nem eles acreditam ou sabem explicar.
A
maioria da população fala uma bobagem como essa baseada em uma imprensa que
quer apenas vender e é totalmente parcial em suas reportagens, deixando para
notas de rodapé o que é feito de bom pelas polícias no Brasil. Em qualquer país
civilizado que você visitar vai ver que ali a polícia é respeitada como deve
ser.
Quando
a vereadora morreu a imprensa já levantou logo a idéia de que ela foi executada
por policiais corruptos da milícia. Baseado em quê? No calibre da munição
utilizada? Em menos de 24 horas a imprensa desvendou o crime e derrubou a
autoria. Algo de dar inveja a qualquer polícia do mundo. Um trabalho impecável
e sem furos!
A
vereadora morreu, o policial morreu, a médica morreu, o professor morreu, a
criança morreu, e muitos, mas muitos ainda vão morrer. O Brasil está em guerra
civil, a segurança pública está falida, não se dá o devido valor a quem merece,
e quando perceberem, o lado negro da força já tomou o Brasil de assalto e não
vão querer devolver mais.
No
Brasil, o crime é ORGANIZADO, eles respeitam seus estatutos, sua hierarquia e
seus deveres e seus maiores inimigos, as polícias, são destruídas no dia-a-dia
por um povo que ainda não percebeu que é manipulado, e que escolheu denegrir
quem o protege. O povo está doente e não quer remédio porque acha que vai fazer
mal ou que a doença vai simplesmente desaparecer em um passe de mágica.
Lamento
muito a morte da vereadora porque ela foi vítima da falta de segurança que
assola nosso País. Defender o fim da polícia definitivamente não é o caminho
mais sábio para tentar resolver isso. Talvez olhar para o povo em geral, sem
discriminação, sem exclusão, possa ser mais útil. Ninguém é melhor do que
ninguém, todos merecem o mesmo respeito, a mesma dedicação.
Quem
dera se o brasileiro se engajasse em cada morte brutal como esta e lutassem por
justiça. Talvez não estivéssemos na merda como estamos e nas mãos de bandidos
que desafiam a tudo e a todos. A Marielle era uma pessoa pública, mas o Brasil
está cheio de heróis anônimos que merecem todas as homenagens possíveis.
Não
sabemos o motivo pelo qual Marielle morreu, e nada justificaria tal brutalidade,
por isso não podemos permitir que um bandido escolha a hora da morte de
ninguém. Algo tem que ser feito, basta ter inteligência e ver onde está errado.
Poderíamos
parar de querer fazer pacto com o diabo achando que ele vai nos salvar...
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