segunda-feira, 26 de março de 2018

Até quando?


Somos uma sociedade hipócrita, egoísta e burra. Não sabemos o que queremos, aliás, sabemos sim, queremos o que for melhor para nós e o resto literalmente foda-se! Com todas as letras, FODA-SE!
Nos últimos dias fomos inundados por notícias da morte de uma vereadora do Rio de Janeiro, a qual eu não preciso nem citar o nome, mas que já virou nome de escola, talvez será nome de rua ou de alguma lei. Não quero discutir homenagens prestadas à ela, mas será que realmente importamos com a sua morte e sua luta?
Marielle veio da comunidade, era negra e homossexual. Estas aliás, eram suas bandeiras: ela defendia os pobres, assim como ela, os negros, assim como ela e os homossexuais assim como ela. Ora, mas um parlamentar não é eleito para representar toda uma população, no caso dela a população de um município falido em todos os aspectos? Ela representava o povo, mas suas bandeiras eram discriminatórias e seletivas. Parecia que ela exercia o mandato em causa própria.
Qual a diferença entre ela e um empresário eleito que vai defender os direitos de outros empresários? Qual a diferença entre ela e um delegado de polícia que almeja leis mais severas para punir bandidos? Qual causa é mais nobre?
Ela era uma parlamentar, uma pessoa pública, tinha poder de escolha em suas mãos e deveria lutar por todos e não por quem ela achava de direito. Imagina uma médica em um hospital público que fosse atender um baleado e ela deixasse de prestar socorro por causa de características desta pessoa? Não vou atender este porque ele é negro, pobre e gay. Seria execrada em praça pública.
Uma desembargadora foi duramente criticada e alvo de ações na justiça porque disse entre outras coisas que a vereadora era um cadáver comum. E não era? O que a tornava diferente dos outros que morreram na mesma cidade dela e que foram executados de maneira até mais covarde do que ela?
Ela era uma pessoa pública? Sim! Foi um ato covarde? Sim! Mas o que a diferencia de um policial que foi executado na frente de sua família? O policial também é uma pessoa pública, só que ao contrário da vereadora que escolheu por quem ela iria lutar, o policial escolheu lutar por todos, sem discriminação de cor da pele, de opção sexual ou de condições financeiras. E mesmo assim a sociedade hipócrita, burra e egoísta não sabe escolher quem são os heróis de verdade.
A luta da vereadora era justa? Sim, com certeza! Seria burrice imaginar que um político seja eleito sem uma bandeira. Mas isso não quer dizer que eu concorde. Acredito que um vereador, um deputado, um senador, um governador ele tem que atender a todos de maneira igual, e não dar prioridades a entidades ou classes que eles entendem que mereçam mais do que os outros.
Se você quer ajudar uma comunidade carente, qual seria a melhor maneira? Acho que emprego seria uma excelente ajuda. E quem gera emprego? O empresário. Se o político ajudar o empresário, logo este terá condição de contratar mais funcionários e com isso ajudar o desempregado. Acho isso mais inteligente do que criar bolsa família. Ou estou errado?
A morte da vereadora é fruto da falta de segurança que assola o Brasil. O brasileiro escolheu torcer para o bandido e agora colhe os frutos desta escolha. Só que bandido só cumpre acordo até quando interessa para ele, depois ele faz a sua própria lei. Nas manifestações a favor da vereadora, escutamos o mais incrível grito de guerra de um povo: “não acabou, tem que acabar, eu quero o fim da Polícia Militar”.
E quem vai proteger a população? O Homem de Ferro?
O alivio é que essas bobagens foram ditas por um número ínfimo de pessoas e que colocam o partido que idolatram acima de qualquer coisa. Acabam não raciocinando direito e pregando algo que nem eles acreditam ou sabem explicar.
A maioria da população fala uma bobagem como essa baseada em uma imprensa que quer apenas vender e é totalmente parcial em suas reportagens, deixando para notas de rodapé o que é feito de bom pelas polícias no Brasil. Em qualquer país civilizado que você visitar vai ver que ali a polícia é respeitada como deve ser.
Quando a vereadora morreu a imprensa já levantou logo a idéia de que ela foi executada por policiais corruptos da milícia. Baseado em quê? No calibre da munição utilizada? Em menos de 24 horas a imprensa desvendou o crime e derrubou a autoria. Algo de dar inveja a qualquer polícia do mundo. Um trabalho impecável e sem furos!
A vereadora morreu, o policial morreu, a médica morreu, o professor morreu, a criança morreu, e muitos, mas muitos ainda vão morrer. O Brasil está em guerra civil, a segurança pública está falida, não se dá o devido valor a quem merece, e quando perceberem, o lado negro da força já tomou o Brasil de assalto e não vão querer devolver mais.
No Brasil, o crime é ORGANIZADO, eles respeitam seus estatutos, sua hierarquia e seus deveres e seus maiores inimigos, as polícias, são destruídas no dia-a-dia por um povo que ainda não percebeu que é manipulado, e que escolheu denegrir quem o protege. O povo está doente e não quer remédio porque acha que vai fazer mal ou que a doença vai simplesmente desaparecer em um passe de mágica.
Lamento muito a morte da vereadora porque ela foi vítima da falta de segurança que assola nosso País. Defender o fim da polícia definitivamente não é o caminho mais sábio para tentar resolver isso. Talvez olhar para o povo em geral, sem discriminação, sem exclusão, possa ser mais útil. Ninguém é melhor do que ninguém, todos merecem o mesmo respeito, a mesma dedicação.
Quem dera se o brasileiro se engajasse em cada morte brutal como esta e lutassem por justiça. Talvez não estivéssemos na merda como estamos e nas mãos de bandidos que desafiam a tudo e a todos. A Marielle era uma pessoa pública, mas o Brasil está cheio de heróis anônimos que merecem todas as homenagens possíveis.
Não sabemos o motivo pelo qual Marielle morreu, e nada justificaria tal brutalidade, por isso não podemos permitir que um bandido escolha a hora da morte de ninguém. Algo tem que ser feito, basta ter inteligência e ver onde está errado.
Poderíamos parar de querer fazer pacto com o diabo achando que ele vai nos salvar...

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