quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Sociedade Alternativa


No sábado ao ligar a televisão me deparei com um programa onde uma babá ensinava uma família a cuidar do seu filho. Não era uma criança com algum problema de saúde ou portadora de necessidades especiais, mas sim um menino normal que era “muito ativo”. Ao passar a programação para frente vi que existia um programa que se chama: socorro, meu filho não come (acho que é isso ou algo bem parecido). E daí lhe pergunto: onde vamos parar com toda essa loucura?

Antes do nascimento da minha filha a minha esposa e eu procuramos nos informar ao máximo sobre ter filho, como criá-los, o que se pode e o que não pode fazer, quando fazer isso, quando fazer aquilo. Tudo como se o bebê que fosse nascer viesse com uma manual de instruções e nós tínhamos que seguir aquilo tudo para não dar problemas futuramente.

Pode isso, não pode aquilo. Faça isso, não faça aquilo. Escutei tanta bobagem que hoje dou risadas de algumas “informações” que recebemos. Certas dicas foram boas, mas o que posso concluir é que cada um deve criar o filho do seu jeito. Certo ou errado, apenas creia em você, que se for uma coisa natural e procurando sempre o melhor da criança, tenho certeza que você não vai falhar.

O problema é que desde que o mundo é mundo nós temos poucas escolhas na vida. Duvido que você que está lendo meu BLOG agora não tenha uma mãe ou um pai que desejou e previu todo o seu futuro em uma tacada só. Senão vejamos: basicamente a conversa era que você ia estudar, fazer uma faculdade importante, afinal ninguém deseja que você faça qualquer curso, casar, ter filhos, ser um ótimo profissional e ser feliz.

E essa previsão é muito real e concreta e qualquer coisa que saia dessa curva de pensamento é porque algo deu errado. Se a mulher não casar a sociedade vai lhe imputar um monte de teorias porque a parte do casamento não deu certo na sua vida. Se o homem não formar em uma faculdade ele será alvo de diversas críticas e será visto com desconfiança e discriminação por seus pares.

E essa linha da vida é única no mundo inteiro. O ser humano nasce para estudar quando é criança, na vida adulta ele tem que concluir um curso superior, logo em seguida vem o casamento, ter filhos, ser uma pessoa de um relativo sucesso e quando morrer precisa deixar um patrimônio para sua família e um legado para a sociedade. Isso funciona aqui, no Japão ou na Suíça.

Não concordo com isso nunca. Onde está a liberdade de escolha? Não quero aqui impor uma nova sociedade ideal, onde nada disso do que escrevi seja importante. O que eu queria era o cidadão poder escolher o que fazer na sua vida sem ser julgado por pessoas hipócritas, por pessoas que não o conhecem, e que se julgam superiores sem ao menos saber como funciona viver sem seguir as regras do manual da vida. Manual este que vem desde a época de Cristo.

A babá que citei logo nas minhas primeiras linhas é uma pessoa que quer moldar as crianças para que sejam anjos na vida de um casal. Ora, se não agüenta uma birra de criança, uma travessura, então que não tenham filhos. Agora vou aceitar uma pessoa estranha vir na minha casa e me ensinar a educar meu filho? Não mesmo! Tenho competência e inteligência para saber passar valores à minha filha para quando ela crescer ela saber encarar o mundo onde quer que ela esteja.

Temos que nos livrar desse manual de Como criar um ser humano ou do Manual O caminho a ser perseguido pelo homem/mulher durante sua estadia aqui no Planeta Terra. Hoje vemos tantas pessoas com depressão nesse mundo, pessoas frustradas, apontadas pela sociedade como fracassadas porque não seguiram a cartilha do homem perfeito e acham que falharam em algum momento de sua vida ou que a culpa é dos seus pais que não souberam educá-lo. Inacreditável tamanha ignorância, mas é real e atual.

Na contramão dessas pessoas existem aquelas que simplesmente mandaram tudo pelos ares e resolveram criar um estilo de vida baseado, me desculpe a expressão, no “foda-se”, onde não é necessário curso superior, trabalho em uma multinacional, casamento com filhos, ser rico e viajar para o exterior todo ano. Viver é muito simples, o ser humano é que se impõe metas idiotas na sua vida que muitas vezes é a realização de um sonho que nem é seu, mas de seus pais, seus amigos e ou de um babaca que acha que você tem que exercer certa profissão para não ser excluído da sociedade.

Talvez o que Raul Seixas cantou e viveu em sua Sociedade Alternativa seja o ideal. “Faça o que tu queres pois é tudo da lei...”

 

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Surreal



Não discordo em absoluto do Ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, ao dizer que cabe a cada um “a decisão de colocar em risco a própria saúde”. Isso acontece o tempo todo, desde quando ingerimos uma bebida alcoólica, fumamos um cigarro “normal”, ou comemos um pastel gorduroso da feira. Mas colocar uma afirmação como essa como pretexto para se liberar o uso da maconha, aí acho que é um exagero.
Em primeiro lugar indago a vocês leitores onde se compra maconha aqui no Brasil? Você já foi ao Pão de Açúcar comprar maconha hidropônica? No Carrefour? Na Drogasil? No bar do seu Manoel? Não! O usuário compra erva do traficante em 100% dos casos. Essa droga não é liberada por aqui, e seu comércio é punido com vários anos de cadeia.
Aí começa o problema. Como você legaliza uma droga onde quem vende é bandido? Ou você acha que se o Supremo não punir mais o usuário ele ao mesmo tempo vai permitir a sua venda nas melhores casas do ramo? Não, não vai. Se o cara quiser fumar um baseado ele vai ter que recorrer ao traficante e com isso ele vai sustentar um crime hediondo que o mundo inteiro pretende exterminar.
Colocar em risco a própria saúde é uma coisa, agora colocar em risco a vida de milhares de pessoas é outra coisa mais complexa. O tráfico é um crime violento, envolve armas pesadas, sequestro, roubos, lavagem de dinheiro, quadrilhas, homicídios, enfim, o movimento provocado por ele é muito maior do que a simples venda de uma erva ou de um pó branco para uma pessoa que quer apenas dar uma aliviada.
Sem contar que os Governos investem milhões de dólares para coibirem o tráfico no mundo inteiro. Qual seria o sentido em tentar combater esse tipo de crime se por outro lado vem o Sistema permitindo que se use um produto que vem de uma operação ilegal? É o mesmo que autorizar a compra de um produto que foi furtado. Furtar é crime, mas comprar o produto proveniente deste delito pode? Não, não pode. Para quem não sabe isso é crime previsto no Código Penal intitulado Receptação.
Se vamos liberar os limites de cada um para saber o que é bom ou ruim para sua vida ou saúde, então que esse livre arbítrio seja amplo e ilimitado. Vamos utilizar esse argumento para tudo que acharmos que cabe a nós decidirmos. Se pararmos em uma blitz sem cinto de segurança vamos dizer ao policial que a vida é minha e não quero usar esse acessório.
Como capitalista acho válido que se dê à população o direito de escolher o que é bom e o que é ruim para ela, mas desde que essa escolha seja embasada em atitudes legais, morais, e que não prejudique o direito de terceiros. Não posso aceitar um usuário de droga alimentando um crime de tráfico apenas para satisfazer seu vício. A mais alta Corte de Justiça do País não pode estimular um traficante nas suas “vendas”, pelo contrário, ele tem que inibir ao máximo uma prática preguiçosa dessa que estimula ao ócio e a prática de outros delitos.
Sem contar que o usuário de droga é pessoa certa nos nossos hospitais e clínicas de recuperação. Além dos inúmeros delitos que eles comentem para manterem seu vício e acidentes que provocam estando sob o efeito desta porcaria. Ou seja, liberar o uso de drogas é querer esvaziar as penitenciárias e encher hospitais, clínicas e cemitérios de pessoas.
Não se pode esquecer ainda o constrangimento que um policial vai passar ao abordar uma pessoa enquanto ela fuma um baseado na sua frente. Fica até uma situação totalmente surreal. A polícia não pode prender quem fuma, mas tem que prender quem vende. Porém o que ele vende é legal ou ilegal? É legal para usar e ilegal para vender? Brasil!
Não sei aonde nosso País vai chegar, o que sei é que isso aqui não vai mudar nunca. Cada dia está pior e ainda não chegamos ao fundo do poço. Quando estamos dando uma resposta ao mundo de que nem tudo aqui é festa, quando finalmente pessoas “importantes” estão pagando pelos seus crimes, a mais Alta Corte de Justiça do nosso País está na iminência de cometer um deslize como esse. Só nos resta lamentar...

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Obrigado meu AMIGO!



Hoje está fazendo um ano que perdi um grande amigo. Nunca imaginava que ele fosse nos deixar assim tão de repente. Foi um choque muito grande para mim e sua família, e ainda é difícil aceitar que ele não está mais aqui entre nós.
Meu sogro era daquelas pessoas que eu sinceramente nunca ouvi ninguém falar mal dele. Pelo contrário, só escutava elogios. Seu sorriso, sua serenidade, sua fama de ser uma pessoa tranquila eram sempre ressaltadas por seus amigos e pacientes. E eu que convivia com ele, via que era isso mesmo, nunca cheguei em sua casa e ele estava de cara feia. Poderia até ter seus problemas, mas nunca fui recebido por ele sem estar com um sorriso em seu rosto.
Quis o destino que o Dr. Roberto fosse médico da minha mãe há muitos anos. E minha mãe com sua mania de querer arrumar casamento para os filhos dela, dizia: já pensou Dr. Roberto se a sua filha casa com um dos meus filhos? E assim foi, após muitos anos eu casei com a Ana Victória e aí surgiu uma grande afinidade entre nós e uma grande amizade.
Não esqueço nosso primeiro encontro agora como genro e sogro. Confesso que mesmo sendo conhecidos, ambos ficamos nervosos. Foi na formatura da Ana Victória nosso primeiro encontro “oficial”, e por ironia do destino na volta o seu carro estragou e vocês tiveram que pegar uma carona comigo. O detalhe é que eu estava chegando em casa e vocês estavam saindo de Goiânia. E começou assim nossa amizade, afinal amigos nunca medem esforços para ajudar o outro.
Quando ia pedir a mão da Ana Victória em casamento foi uma longa história. Tive que ensaiar vários dias para ir lá fazer o pedido oficial. E quando chegou o grande dia, ele disse para ela que “ia me poupar desse sacrifício e não precisava de fazer pedido oficial não, e que ele nos abençoava”. Mas depois fiquei sabendo que ele estava poupando era a si mesmo! Meu sogro era uma pessoa tímida, não gostava muito dessas coisas.
Era uma pessoa aficionada por futebol. Isso nos ajudou muito a nos entender. Ele defendia o São Paulo dele e eu o meu Flamengo. Apesar das nossas paixões nós nunca discutimos esse assunto, sempre respeitávamos o time do outro. Mas a D. Lígia sempre dizia para ele pegar leve comigo!
Dr. Roberto, Hoje é muito difícil chegar na sua casa aos domingos e não ter você lá pra discutirmos o final de semana de futebol. Sempre que chegava lá você já ia perguntando: e o seu Flamengo Romulo? E ficávamos brincando, discutindo, esperando passar os gols, ver as mesas redondas, enfim, era muito bom estar ali com você. Hoje muitas vezes seguro o choro de saudade dessas nossas conversas. Perdi meu companheiro, meu amigo, meu parceiro de futebol.
Sempre olho para a Ana Laura e fico pensando nos momentos que vocês passaram juntos. Queria muito que ela tivesse te conhecido melhor. Ver o avô que você era. Você foi o porto seguro da Ana Victória durante toda a sua gravidez. Lembro que tudo ela recorria à você. Pai, estou sentindo isso, estou sentindo aquilo, o que eu tomo? É normal? E depois que a nossa pequena nasceu, pude te ver ali na sala de parto todo bobo, vendo mais uma geração sua nesse mundo.
Seus netos nunca podem reclamar do avô que você foi. Lamento que a Ana Laura não tenha te aproveitado tanto. Mas nunca vou deixar ela te esquecer. Sempre mostro suas fotos para ela e ela diz que é o vovô Roberto! Sempre via você imaginando o que os meninos seriam, suas brincadeiras com eles, suas broncas de vez em quando, mas acima de tudo eu via o amor que você tinha por todos eles, isso era visível em seus olhos. No dia do aniversário de dois anos da Ana Laura o Sr. fez muita falta... Queria tanto que estivesse lá...
Não posso me esquecer da nossa última viagem que fizemos juntos. Deus foi tão bom, que reuniu a família inteira naqueles dias e você pode aproveitar com seus netos, filhos e esposa aquilo que podemos chamar de sua despedida. Não esqueço quando o Sr. estava no hotel e falou para a Ana Victória que pensou que ia morrer sem escutar o barulho do mar na hora que estava dormindo. Ali foi uma coisa simples, mas para você era algo importante... Dormir escutando o barulho do mar...
Dr. Roberto, meu sogro, meu amigo, jamais vou esquecer o tempo que passamos juntos. O vazio que nos deixou nunca será preenchido por ninguém. É muito difícil aceitar sua ausência, sua morte tão repentina, sem dar ao menos a chance de nos despedirmos. Chegar na sua casa e não te ver, olhar suas fotos e saber que não podemos nunca mais conversar, fazer as coisas que você gostava de fazer, tudo isso é muito triste. É difícil até de aceitar, mas Deus sabe o que faz e aquela era a sua hora de nos deixar.
Sei que a dor que sinto não é comparável a que seus filhos, irmãs e a D. Lígia sentem, mas saiba que seu amigo aqui jamais vai te esquecer. Só tenho boas lembranças do tempo em que passamos juntos, e jamais poderia reclamar de um dia sequer em que te encontrei. Sempre fui muito bem recebido pelo Sr. na sua família, tive a honra de ser o seu genro, e hoje não encontro palavras para te agradecer por todos esses momentos.
Não vou falar que o Sr. era um pai para mim, pois graças à Deus eu tenho um que posso me orgulhar muito, mas acho que na minha passagem aqui na Terra poucos serão meus amigos como você foi. A saudade será eterna e o que temos que fazer é conformar e aceitar. Descanse em paz meu grande amigo e um dia vamos nos reencontrar... E pode deixar que minha filha sempre lembrará da grande pessoa que o avô dela foi...

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Lambendo (cheirando) o rabo dos outros


Não gosto de pessoas que só porque pertencem a uma minoria se julgam injustiçados, discriminados, mal falados, humilhados, enfim, ficam cheios de mimimi e não acrescentam nada em discussão alguma. Se você escolheu um estilo de vida, encare com todos os problemas que possam vir juntos e lute para que certas coisas nunca mais aconteçam, agora, por favor, jogue limpo, sem apelar e respeite o outro cidadão que vai de encontro com seu pensamento e modo de viver.

A propaganda é algo que movimenta o mundo dos negócios e tanto pode alavancar a venda de um produto como pode condená-lo ao ostracismo e falência de seu fabricante. O BOTICÁRIO 15 anos atrás não pensaria em lançar uma propaganda como essa, hoje em dia foi ousado, gerou polêmica, e daqui há alguns anos será algo banal. Apesar dos protestos de pessoas dizendo que não compram mais nenhum sabonete nesta loja e de milhares de piadas terem surgido com pessoas (homens) que compram perfumes ali, no final das contas a empresa terá dado seu recado.

Vamos às polêmicas que se criaram em torno dessa propaganda. Em primeiro lugar os homossexuais devem deixar de ficar reclamando das pessoas que foram contra essa propaganda, afinal, não pega bem para um grupo que luta tanto por liberdade querer cortar o pensamento livre da sociedade em que vive. Se fui contra é um direito meu, não sou obrigado a engolir tudo o que a televisão me mostra, o que não pode é uma pessoa homossexual me julgar, me colocar rótulos pelo fato de ter pensamento contrário ao seu.

Pelo FACEBOOK acompanhei uma enxurrada de piadas e protestos onde muitos diziam que outra não menos famosa propaganda era aclamada pelo público enquanto a do O BOTICÁRIO era demonizada. Me refiro à propaganda da ITAIPAVA com seu famoso bordão vai verão. Não concordo que a mulher ali seja um mero objeto sexual, levei mais pelo lado do humor do que pelo cunho sexual, tanto é verdade que foi uma propaganda que agradou tanto ao público alfa como a mulherada que levou na brincadeira.

Acho que a propaganda do O BOTICÁRIO reflete a realidade do Planeta Terra hoje. Não tem para onde correr. Parabéns para a empresa que se arriscou e colocou no ar o que está nas ruas, nas festas, nas novelas, na sua casa, no seu trabalho, em todo lugar que você for vai ter alguém LGBT ou simpatizante. Quer uma conquista maior que essa para essas pessoas? Alguém imaginaria um marketing como esse há alguns anos atrás? Polêmica? Vai ter. Quem não concorda? Vai ter. Quem acha uma pouca vergonha? Vai ter. Boicote? Vai ter também. Mas pára e pensa a evolução que esse tema já alcançou, será que não é um começo?

Pra exigir respeito, você primeiro tem que respeitar o outro. Se para uma pessoa é normal um homem beijar na boca de outro homem, para outra não é. Homofóbico, preconceituoso, retrógrado, não interessa, na tente mudar uma mentalidade que já vem literalmente há séculos em apenas alguns anos. Não concordo com violência e humilhação, mas defendo o direito de uma pessoa não aceitar esse tipo de relacionamento, é algo inerente a ela e não pode ser imposto por Lei ou na marra.

A Parada Gay ocorrida em São Paulo no último final de semana foi um insulto aos Católicos. Uma ofensa sem igual. Não dá para aceitar aquelas atitudes com explicações tão chulas e sem sentido. São essas pessoas que acabam gerando um preconceito contra eles mesmos. Atitudes desnecessárias como essas só reforçam o pensamento de quem não concorda com o homossexualismo. Quer protestar? Proteste com a cabeça, com inteligência, não de uma maneira lamentável como aquela.

Quer comprar um perfume do O BOTICÀRIO, compre. Quer tomar uma ITAIPAVA, tome. Não é por escolher um perfume desta marca que minha masculinidade vai diminuir, não é por uma mulher tomar uma cerveja ITAIPAVA que ela vai ser puta. Deixem os rótulos de lado, respeitem a opção dos outros. Cada um cuida do que é seu. Mas tenha inteligência, saiba seu limite, respeite o outro ser humano que está do seu lado, nem todo mundo tem uma mente como a sua, nem todo ser que habita este planeta coaduna com certas experiências sexuais.

Na história mundial não existe nenhuma guerra que foi vencida na primeira batalha, nenhuma conquista foi alcançada no primeiro pedido. Tudo na vida é na raça meu amigo, tem que ralar muito para conseguir o que você quer. Não se muda uma pensamento milenar da noite para o dia em uma mesa de bar.

O Respeito é uma conquista, não uma Lei Federal. Fica a dica...

 

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Eu não gosto de você




É verdade, eu não gosto de você! Não, isso não é uma indireta, ou uma direta, não escrevo este POST para mandar recado para alguém, mesmo porque não sou disso e o que eu tenho que falar eu falo na cara. O que vou escrever hoje é sobre o Politicamente Correto que tomou conta do mundo nos últimos anos.
No mundo em que vivemos vejo as pessoas muito mais travadas hoje em dia. É um tal de medir palavras pala falar com outro ser humano que chega a dar raiva. Se você vai falar com uma pessoa que se julga pertencer a uma classe de minoria o risco de ofendê-la é gigantesco e isso acaba gerando conflitos imbecis que não deveriam existir e tampouco serem protegidos por lei.
Eu não tenho problema com nenhuma pessoa antes de conhecê-la. Não me importa nada, nunca julguei alguém ante de trocar pelo menos um bom dia. Por isso sou contra pessoas que falam que a atriz fulana de tal é arrogante sendo que nunca nem a viu pessoalmente. Como pode você tecer um comentário como esse contra uma pessoa sendo que ela não faz parte do seu círculo social?
Conclusões imbecis como essas eu não sou a favor, mas a partir do momento que você conhece uma pessoa e ela passa a dizer coisas que você não concorda, seu pensamento não coaduna com o dela, os gostos não coincidem, sua presença me incomoda, não posso concordar em ser amigo de uma pessoa como essa. Ou simplesmente existe a história do “meu santo não bate com o seu”, sobra até para os querubins, mas isso existe e não podemos desconsiderar essas declarações.
Mas aí você me diz: Romulo isso é a coisa mais normal do mundo! Eu te respondo: Era para ser, mas não é. Se esta pessoa que eu não gosto for um gay, por exemplo, vão me tachar de preconceituoso. Aí que eu te digo que o politicamente correto tornou as pessoas mais falsas hoje em dia. Não podemos simplesmente não gostar de uma pessoa se sua cor da pele, sua opção sexual, seu estilo de vida, sua classe social pertencer àquelas que se julgam discriminadas.
É uma m... mesmo. Tenho uma colega de trabalho que me disse que certa vez estava em uma mesa no bar com um gay e mais umas amigas dela. Ela externou para mim e outro colega que não gosta de pessoas assim, ela acha que homem tem que ser homem. Ela foi super sincera e sem nenhum preconceito. É um direito dela escolher de quem ela gosta e como ela gosta, esta é a sua opinião. Devo respeitar se ela pensa assim. Agora o que não pode é um grupo de pessoas chegar e falar um monte de bobagens para ele devido ao seu gosto em relação ao sexo oposto.
O que eu ouço no meu dia-a-dia de pessoas falando “ah, você só fala isso porquê eu sou ...”. Essas pessoas se julgam inferiores, são preconceituosas em relação a elas mesmas e não são capazes de aceitarem serem rejeitadas. Mas é preciso entender que somos bilhões de cabeças pensantes nesse universo e é muito provável que milhares de pessoas não vão gostar de você, seja porque você é azul ou tem bolinhas amarelas ou uma corcunda nas costas.
O que é inaceitável é violência. Seja ela verbal ou física. Isso jamais poderá existir. Mas externar seu pensamento não pode ser motivo de inibição. Quem me dera viver em um mundo onde poderia chegar em uma pessoa e dizer que não gosto dela pelos mais diversos motivos. Qualquer motivo!
Ser politicamente correto é ser honesto. Falar o que você pensa, o que você sente, de quem você gosta, expor suas ideias, enfim, poder ser você sem ninguém para te comandar e te dizer o que deve fazer e de quem você deve gostar. Tenho uma amiga que diz que eu falo tudo que vem na minha cabeça. Sou assim mesmo, muitas vezes falo m... mas sou bem resolvido em tudo na minha vida.
Vou concordar com minha irmã que costuma dizer: quem não gosta de mim é porque tem inveja... Na verdade é um modo sarcástico de dizer: não gosta de mim, então f...-se. Tente entender por esse lado e parem de procurar defeitos em você, achar que seu estilo de vida, seu dinheiro ou a falta dele, sua cor da pele possa influenciar em uma pessoa te admirar ou não. Faça os outros verem seu lado intelectual, suas ideias, seus pensamentos, suas opções de lazer, seu modo de vida, enfim, deixem que esqueçam seu lado físico e vejam o que realmente importa que é o seu cérebro. Se não der certo, é porquê você é chato mesmo...